14 de set. de 2011

O CUIDADOR 15 - COMO ROMPER BARREIRAS?


Como lidar com nosso desejo de eternidade? A felicidade é impermanente. O ser humano está sempre em contínua mudança. Queremos o imutável porque nos sentimos mais seguros. Dependemos de forças às quais somos incapazes de controlar: nosso inconsciente, a energia dos outros, os ciclones, o caminho inevitável para o envelhecimento.

Podemos atenuar nossas dores compreendendo como outras pessoas resistiram às suas, porque felizmente podemos aprender uns com os outros. E é isto que ocorre também com quem adoece. As dolorosas perguntas sem resposta: Por que acontece comigo? Sobreviverei? O que também mobiliza os sentimentos dos familiares, especialmente dos companheiros de vida com quem formam casal. O autocuidado arteterapêutico no momento de administrar interiores, as caixinhas que compõem nossa vida, matéria que ainda vai vir com mais detalhes na OC.

Reconstruir-se é um desafio que exige que olhemos para dentro de nós. E para isso precisamos recursos que podem estar na arteterapia, no colo de um amigo, na mão firme dos profissionais. Todos nos cuidam, de todos queremos colo e esperança.

Sou cega, mas vou em frente. O e-mail de nossa leitora que me surpreendeu! Tanto tem a nos ensinar depois de abandonos, a vida em outra dimensão. Leia também sobre o prazer da dança, projeto para idosos: como o corpo alimenta o espírito – via de mão dupla – também a mente a nos carregar. Alimento que também está na matéria sobre a amamentação, uma experiência pública que vem construindo vidas e formando redes de cuidados.

Leia a entrevista de um psiquiatra sobre o valor da narração das histórias construindo vínculos entre pais e filhos; e sobre o livro de sua autoria. A dificuldade na construção das relações afetivas está na nossa dica de literatura: o personagem autista confidencia seus pensamentos e nos tornamos cúmplices de Christopher. Somos absorvidos por sua narrativa dramática e hilária: questionamos o universo, Deus, os animais, a ordem dos números, a sua habilidade matemática e as relações, que podem ser tão mais simples como apenas um tocar de mãos, único contato físico que ele permite. Tanto a compreendermos sobre essas pessoas.
Junto a isso, a crônica de um mineiro: administrar o excesso de cuidados?
Confira e escreva para a redação!
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Marilice Costi

O CUIDADOR 14 -

EDITORIAL

Como lidar com nosso desejo de eternidade? A felicidade é impermanente. O ser humano está sempre em contínua mudança. Queremos o imutável porque nos sentimos mais seguros. Dependemos de forças às quais somos incapazes de controlar: nosso inconsciente, a energia dos outros, os ciclones, o caminho inevitável para o envelhecimento.

Podemos atenuar nossas dores compreendendo como outras pessoas resistiram às suas, porque felizmente podemos aprender uns com os outros. E é isto que ocorre também com quem adoece. As dolorosas perguntas sem resposta: Por que acontece comigo? Sobreviverei? O que também mobiliza os sentimentos dos familiares, especialmente dos companheiros de vida com quem formam casal. O autocuidado arteterapêutico no momento de administrar interiores, as caixinhas que compõem nossa vida, matéria que ainda vai vir com mais detalhes na OC.

Reconstruir-se é um desafio que exige que olhemos para dentro de nós. E para isso precisamos recursos que podem estar na arteterapia, no colo de um amigo, na mão firme dos profissionais. Todos nos cuidam, de todos queremos colo e esperança.

Sou cega, mas vou em frente. O e-mail de nossa leitora que me surpreendeu! Tanto tem a nos ensinar depois de abandonos, a vida em outra dimensão. Leia também sobre o prazer da dança, projeto para idosos: como o corpo alimenta o espírito – via de mão dupla – também a mente a nos carregar. Alimento que também está na matéria sobre a amamentação, uma experiência pública que vem construindo vidas e formando redes de cuidados.

Leia a entrevista de um psiquiatra sobre o valor da narração das histórias construindo vínculos entre pais e filhos; e sobre o livro de sua autoria. A dificuldade na construção das relações afetivas está na nossa dica de literatura: o personagem autista confidencia seus pensamentos e nos tornamos cúmplices de Christopher. Somos absorvidos por sua narrativa dramática e hilária: questionamos o universo, Deus, os animais, a ordem dos números, a sua habilidade matemática e as relações, que podem ser tão mais simples como apenas um tocar de mãos, único contato físico que ele permite. Tanto a compreendermos sobre essas pessoas. 

Junto a isso, a crônica de um mineiro: administrar o excesso de cuidados? 

Marilice Costi
Confira e escreva para a redação!

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